segunda-feira, 21 de março de 2011

O iluminado: Terminei o livro!



                                              Capa do livro, lançado no Brasil pela Objetiva

Terminei recentemente de ler o clássico absoluto de Stephen King. Já tinha assistido o famoso filme com Jack Nicholson dirigido por Kubrick e tinha grande curiosidade em ler o texto original. Não conhece a história? Eis um resuminho: jack Torrance, escritor sem sucesso e bebum de primeira aceita o emprego de zelador no Overlook Hotel. Tudo para tentar superar as constantes crises em seu casamento devido ao desemprego e outras questões afetivas. O problema é que o trabalho deve ocorrer na baixa temporada, quando uma nevasca fenomenal isola o hotel do resto do mundo. Misture a essa solidão forçada um punhado de assombrações, uma esposa chata (tanto no livro quanto no filme) e um garotinho "iluminado"ou seja com capacidades mediúnicas. O resultado só podia ser fantástico.Gosto muito da atmosfera dos livros de King. Primeiro tem o saudosismo da década de 70 que é muito interessante inclusive pelo contexto da década. Que tal uma família americana pobretona? Aqui tem! Estou agora tentando escolher o próximo livro e ainda não decidi se me aventuro de vez na Torre Negra ou se faço uma visitinha à Carrie.
Voltando ao iluminado, uma cena estranha me chamou a atenção logo no início da história, quando Jack Torrance, depois de uns pileques acaba atropelando alguém no escuro de uma rodovia, e ao descer do carro mais pra lá do que pra cá, só encontra uma bicicleta aos pedaços, com os pneus retorcidos para o alto.Essas bicicletas do King me dão medo: elas parecem sinalizar que algo sobrenatural está por perto.Uma situação assim já deu as caras no livro Desespero, que devo resenhar outro dia desses. O universo do King é todo conectado, então não custa criar teorias malucas.
Da bicicleta para o velocípede: a sequência do menino Danny nos corredores do hotel Overlook pedalando a mil por hora até encontrar as duas meninas que morreram no local é de matar do coração os desavisados, mas curiosamente não existe no livro. Em compensação o menino sofre horrores no local, e deixa os leitores com o coração saindo pela boca quando resolve entrar em um quarto proibido. A loucura do pai é gradativa e convence o leitor de que algo ali não vai acabar bem. As coisas vão acontecendo sem pressa nos momentos certos , mas não temos aqui a dúvida  que o filme tenta nos passar sobre a sanidade de Jack. Nada disso. King deixa claro que o lugar é point de assombração e quem quiser que tolere tal vizinhança. Sustos deliciosos estão espalhados pelo livro, que me prendeu totalmente durante cerca de um mês. Recomendado!

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