quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Dica de hq: Vampiro americano

Fonte: Divulgação
             Vampiro americano é um quadrinho do selo Vertigo lançado em 2010, que está atualmente entre as minhas hqs preferidas e que finalmente ganha aqui um post. Escrita por Scott Snyder, atiçou a curiosidade de muita gente por contar com a colaboração preciosa de Stephen King, com quem foi dividido o roteiro.  Os desenhos ficaram a cargo do brasileiro Rafael Albuquerque, que tem um traço belíssimo, perfeito especialmente para os cenários caprichadíssimos e para os momentos grotescos e assustadores exigidos pela trama.
            A hq trata do tema vampiro, tão badalado no cinema e na tv atualmente, mas inova em alguns aspectos, ganhando pontos ao devolver a aura de terror e mistério que ronda essas criaturas, tornando-as novamente o que a tradição manda que elas sejam: cruéis, mortíferas e impiedosas. Bram Stoker ficaria orgulhoso. O personagem principal já dá o tom do que nos espera: Skinner Sweet, o primeiro vampiro da América tem uma personalidade odiosa e suas perversidades não cansam de surpreender o leitor. 
        Fonte: Divulgação
           A história é apresentada por meio de dois momentos distintos: na Hollywood de 1925, onde acompanharemos o calvário da bela e ingênua Pearl Jones, uma aspirante a atriz que tem sua existência totalmente arruinada após ser atacada e transformada em vampira, e no velho oeste, em 1880 quando acompanharemos a origem de Skinner Sweet. Scott Snyder cuida da primeira parte, caprichando nos diálogos e reconstituindo o ambiente de glamour e intrigas onde o cinema americano começa a florescer.      Tudo muito bem pesquisado, com referências a artistas e filmes do período. King ficou com a segunda parte e também deu seu show, mesclando com perfeição o terror com o tema western e trazendo as caracterizações precisas que tanto gostamos de ver em seus romances.
           Importante ressaltar que além do sangue, dos sustos e da violência da história, há sutilezas que nos permitem reflexões sobre as contradições do comportamento humano, e que nos revelam algumas facetas da sociedade norte-americana. Recomendado!

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