terça-feira, 12 de abril de 2011

Smallville: Ame-a ou deixe-a!

  Fonte: Divulgação

Smallville realmente carrega em si o título do post: ou você a ama ou você a joga pra escanteio. Já fiz as duas coisas: fiquei inicialmente vidrado na série,  mas logo me irritei  totalmente com ela. Resolvi com o tempo dar outra chance, a acolhi com carinho... pra logo voltar a deixá-la. Nem lembro em qual temporada a abandonei, acho que foi quando Michael Rosenbaum, o nosso amigo Lex Luthor saltou fora. Neste post vou expor quais na minha opinião são os pontos positivos e negativos que tanto influenciam nossa vontade em acompanhar as aventuras do Clark.
Quando surgiu a dez temporadas atrás Smallville trazia dois trunfos: agradava tanto os aficionados pelos heróis da DC quanto o público feminino. Assim, enquanto uns vibravam a cada citação mínima ao universo de super heróis, outros empolgavam-se pelos momentos love da trama. Ao apresentar situações corriqueiras do cotidiano estudantil americano trazia certa melancolia que me lembrava o roteiro leve de séries como Dawson's Creek, que será tema de algum futuro post. Ok, precisava-se de público, e o resultado agradou gregos e troianos. Descoberta de poderes servindo de paradoxo a dramas da adolescencia? Ok,temos de bullying a mudanças no corpo. Momentos com efeitos bullet time à vontade pra molecada?Ok, legal. Mas afinal, quando foi que  coisa toda começou a desandar? Quando esses mesmos elementos tornaram-se insuportavelmente repetitivos.   
Lembrando ainda que alguns personagens eram excelentes, e outros tornaram-se um porre no decorrer da história. Lana Lang no início era um doce. O problema foram as múltiplas facetas: estudante popular, dona do Talon, casada, dona de casa, super heroína. Aí não deu mais pra aguentar a moça. Outra que decepcionou foi a Lois. Apesar da Erica Durance ser uma boa atriz, o exagerado ar de petulância não combinou com a personagem, que aliás parecia muito velha para o papel. Pontos fortes mesmo foram Lex, muito bem construído desde o início e Chloe, personagem criada para a série que conquistou seu espaço na mitologia do Superman. Durante um tempo até torci para que Chloe, repórter desde o colegial assinasse em sua primeira matéria no Diario Planeta como Lois Lane. Seria uma revelação e tanto, mas as esperanças acabaram com a entrada da Erica. Quanto a Tom Welling, este deu conta do recado, trouxe um Clark coerente, e é mesmo uma pena que ao que tudo indica, ficará marcado com o estigma do personagem. Faça lá quaquer papel e sua presença nos remeterá ao Superboy.
Aos poucos o esquema de vilão da semana proposto pela série na primeira temporada cansou o público, e aí entraram os arcos ligados à mitologia do herói: a descoberta da fortaleza da solidão foi talvez o melhor deles. Esses arcos foram dando passagem à aparição de outros heróis, o que mostrou-se uma característica marcante para a série. O problema foi mesmo o rumo das coisas após a saída do vilão-mor Lex. Tirar a lana também deu trabalho: a perda da mocinha poderia descaracterizar a série e mandar ao espaço boa parte da audiência que torcia pelo romance dos protagonistas.
Enfim, entre erros e acertos fica a certeza de que a série, apesar de seus bons momentos poderia ter sido muito melhor se tivesse sido um pouco mais curta. Eis um ato de sensatez negado ao público pelos seus produtores.

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